Perder um filho deve ser uma dor dilacerante, incurável, eterna e mostrar essa dor, o sofrimento, a tragédia em todos os ângulos possíveis não é necessário, é feio, é desrespeitoso. Focar nos irresponsáveis, nos negligentes, nas autoridades que não fazem seu trabalho direito, nos governantes incompetentes é válido mas nas pessoas que sofrem não. Câmeras em velório pra que? Fotos de corpos no chão? Repetição constante na tv das partes mais terríveis pra que? Tragédia da ibope. Eu acho que é mostrado demais, as pessoas são expostas demais, a curiosidade é demais, é triste. Essa coisa toda é triste demais, preciso tirar isso da minha mente.
Não ter filhos foi uma escolha minha? Filho foi um fruto que não veio de uma árvore que eu não plantei. Eu escolhi não plantar essa árvore? Eu não lembro. Eu não fiz essa escolha conscientemente. Eu nunca quis ter filhos, desde sempre. Nunca passou pela minha cabeça ter um filho ou não ter, eu simplesmente nunca quis, isso sempre fez parte de mim. Porque? Eu não sei. Isso me doí? Não. Me sinto anormal? Não. Nesse ponto o universo foi generoso comigo, me deu as flores que eu amo tanto. Minhas flores. Não nasceram no meu útero mas no meu coração. Amo-as mais do que tudo que existe, que existiu ou que venha a existir. Eu agradeço todos os dias por te-las em minha vida.
Não ter filhos foi uma escolha minha? Filho foi um fruto que não veio de uma árvore que eu não plantei. Eu escolhi não plantar essa árvore? Eu não lembro. Eu não fiz essa escolha conscientemente. Eu nunca quis ter filhos, desde sempre. Nunca passou pela minha cabeça ter um filho ou não ter, eu simplesmente nunca quis, isso sempre fez parte de mim. Porque? Eu não sei. Isso me doí? Não. Me sinto anormal? Não. Nesse ponto o universo foi generoso comigo, me deu as flores que eu amo tanto. Minhas flores. Não nasceram no meu útero mas no meu coração. Amo-as mais do que tudo que existe, que existiu ou que venha a existir. Eu agradeço todos os dias por te-las em minha vida.
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