SAR X Lei da Atração

Lei da Atração
O Sistema de Ativação Reticular e a Lei da Atração

Existe uma infinidade de opiniões sobre a lei da atração e, com elas, explicações das mais variadas para sustentar tais opiniões. Uma das mais comuns entre aqueles que não acreditam na existência da lei da atração (e, objeto deste artigo) é que as manifestações que as pessoas afirmam ter nada mais são do que o Sistema de Ativação Reticular (SAR) em ação.

O que é o Sistema de Ativação Reticular?
É um mecanismo que temos no cérebro responsável pela filtragem das informações que percebemos conscientemente. A cada instante o cérebro é bombardeado por milhões de estímulos sensoriais, mas conscientemente só percebemos uma pequena fração destes estímulos, pois (conscientemente) não conseguimos processá-los simultaneamente na sua totalidade. Então, a função do Sistema de Ativação Reticular é filtrar estes dados trazendo à nossa consciência apenas aqueles que são relevantes em cada momento.
Vamos a exemplos práticos:

Exemplo 1: Você está lendo este texto, então sua atenção está no que você está lendo. Ao fazer isso, você dá ao cérebro uma instrução para prestar atenção a esta informação. O Sistema de Ativação Reticular entra em ação filtrando os estímulos que não são relevantes a esta tarefa, então neste momento você retém o foco no que está lendo e permanece, ainda, consciente sobre mais algumas coisas sobre as quais também passou instruções ao cérebro - tais como, por exemplo, a água que deixou fervendo enquanto está lendo, o horário, etc. Mas você está consciente de uma ínfima parcela das informações que fazem parte da sua realidade neste momento. Se eu disser a você “páre de ler por um segundo e preste atenção nos sons à sua volta ou sinta a roupa no seu corpo”, uma nova instrução é dada ao cérebro e você passa a perceber conscientemente coisas que já estavam ali, mas que o Sistema de Ativação Reticular estava filtrando porque não tinham relevância.

Exemplo 2: é o exemplo mais clássico sobre o SAR. Você compra um carro novo e de repente começa a ver aquele modelo de carro nas ruas com uma freqüência muito maior do que percebia anteriormente. Aqueles carros sempre estiveram ali, mas você não os percebia conscientemente. O Sistema de Ativação Reticular filtrava esta informação porque ela não era relevante pra você, mas a partir do momento em que você adquire um carro novo, isso muda sua percepção sobre os carros que vê na rua.O argumento dos céticos:
“A Lei da Atração nada mais é do que o Sistema de Ativação Reticular em ação. Você foca naquilo que quer atrair e este mecanismo natural do cérebro passa a buscar as referências relevantes a esta instrução dada ao cérebro. É por isso que de uma hora pra outra as pessoas começam a achar que estão experimentando uma grande quantidade de coincidências, notam coisas que antes não notavam e aí acham que isso é algo mágico, atribuído à lei da atração, quando na verdade nada mais é do que um mecanismo inerente ao cérebro”.Por que a Lei da Atração não é apenas o Sistema de Ativação Reticular em ação:
Eu sou obrigada a concordar que o SAR indubitavelmente ajuda no desenvolvimento de uma manifestação. Sim, de fato, quando colocamos nosso foco deliberadamente em algo que queremos, estamos dando instruções ao cérebro para que ele busque referências compatíveis com esta instrução. Isso é muito bem-vindo, mas que me desculpem os céticos, o RAS não explica todo o rol de outros tipos de eventos atribuídos à lei da atração. É evidente que quando eu comecei a ler sobre a lei da atração isso também me passou pela cabeça. Mas quando eventos totalmente independentes da minha PERCEPÇÃO começaram a acontecer, eu tive que rever minha posição. A consistência destes eventos sobre os quais eu não tive nenhuma ação direta, em relação às instruções mentais que eu adotei, foi inquestionável.
É também compreensível que alguém que nunca tenha tido uma experiência deste tipo, duvide desta possibilidade. E eu não estou aqui para convencer os céticos convictos, primeiro porque esta não é minha intenção com este blog e segundo porque céticos convictos não aceitam argumentos referenciando experiências que eles próprios não tiveram pessoalmente - e eu até concordo com esta postura, mas fato é que, ironicamente, a própria lei da atração vai lhes trazer evidências que suportem seu ceticismo convicto, eliminando a possibilidade de terem tais experiências capazes de desafiar seu ceticismo.
Mas, aos que buscam esclarecimento sobre a possibilidade de a lei da atração se resumir à ação do Sistema de Ativação Reticular ou não, vamos a um exemplo “hipotético” para ilustrar o que estou afirmando:Se você resolve que quer mudar de carreira, decide-se por uma área e começa a ver vários anúncios de emprego dentro da área escolhida, isso pode ser explicado pelo SAR.Se você resolve que quer mudar de carreira, decide-se por uma área e alguém com quem você nunca falou liga na sua casa por engano e acaba te oferecendo o emprego dos seus sonhos, isso está fora do espectro de informações que já estavam ali mas você não percebia. Este tipo de acontecimento independe de percepção e, portanto, não pode ser explicado pelo SAR. Este mecanismo do cérebro não estava excluindo da sua percepção consciente o telefone tocando e um desconhecido te oferecendo um emprego.

Pode soar como um exemplo extremo e muito pouco provável de acontecer, mas 1) é apenas um exemplo ilustrativo e 2) coisas desta natureza realmente acontecem. Algo deste gênero já aconteceu comigo, pessoalmente, mais de uma vez e já vi acontecer com uma grande quantidade de pessoas.
É claro que você pode optar por acreditar que isso foi uma coincidência. É uma escolha sua, mas esta escolha (crença, que se traduz em intenção) vai impedir que você tenha experiências pessoais que comprovem o meu argumento seguinte (e infelizmente, a experiência pessoal neste caso é insubstituível).
O que dizer quando estas coincidências acontecem consistentemente, em total alinhamento com as “instruções que você deu ao cérebro” (suas intenções), em uma freqüência totalmente incompatível com o que é estatisticamente provável? E quando você consegue reproduzir estas “coincidências” altamente improváveis consistentemente?
Isso não tem como ser explicado nem pelo RAS nem pela lei da probabilidade. Especialmente quando a experiência não é só sua e você lê relatos de pessoas com o mesmo tipo de manifestações ou, ainda melhor, presencia isso acontecendo com pessoas do seu contato pessoal.
O argumento fundamental não está na aleatoriedade de uma coincidência isolada, mas na combinação entre recorrência, grau de especificidade entre uma intenção e uma manifestação (”coindicência”) e, principalmente, na consistência destes padrões específicos recorrentes, padrões detectáveis entre focos mentais adotados e manifestações de eventos específicos, muitas vezes alheios a uma ação direta ou sequer indireta - e, definitivamente, independentes de percepção.
Os céticos jamais irão compreender isso porque seu próprio ceticismo repele experiências pessoais que possam confirmar o que estou afirmando e eles rejeitam relatos de outras pessoas porque não podem ser verificados pessoalmente. Ok, tudo é uma opção.
Mas toda vez que eu leio ou ouço esta argumentação sobre o Sistema de Ativação Reticular eu penso em escrever um artigo como este para esclarecer este equívoco. Eu não nego de forma alguma que o SAR exerce um papel importante em muitas manifestações. Até mesmo acho interessante observar este mecanismo em ação e, produtivo, fazer uso consciente dele. Por que não? O objetivo de qualquer pessoa quando se interessa pela lei da atração é ter maior controle consciente sobre sua realidade e seus objetivos e se o RAS pode ajudar nisso, não há por que negá-lo ou não utilizá-lo deliberadamente. No entanto, ele não é suficiente para explicar outros eventos que a lei da atração explica. Ou talvez haja, ainda, uma outra explicação que eu não encontrei ou que a ciência ainda desconhece. Mas a argumentação de que a lei da atração nada mais é do que o SAR em ação, isso sim é um grande equívoco, adotado apenas por aqueles que não se permitem passar por experiências pessoais que demonstrem o contrário.

Um comentário:

Bruno Luiz Paiva disse...

Olá, boa noite!

Quem é Bruno Luiz Paiva?

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