quinta-feira, 27 de novembro de 2014

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Estou exausta. Passei a maior parte da noite acordada, pensando, pensando. Tive muitas ideias, algumas mirabolantes, outras bem violentas mas nenhuma boa o suficiente para pôr em prática.
Tão ingênua a minha Flor, achou que podia lidar com aquelas criaturas medonhas e resolver. Ela as perdoaria. Tem um coração tão generoso a minha Florzinha. 
Resta-nos torcer para que as coisas não piorem. E tudo o que eu posso fazer por ela agora é tentar minimizar os danos. Não há a quem recorrer. Qualquer coisa que eu faça, deixara as coisas piores para ela. Agora só posso dar todo o carinho do mundo e ajuda-la a superar, a perdoar-se e a esquecer. Minha Flor é tão pequenina ainda, vai crescer e isso se perderá no tempo. 
E eu que não vou mais crescer, que não sou ingênua e tampouco tenho um coração generoso, vou cuidar disso. Vou ter que ficar quieta, boba por um bom tempo. E pensar e planejar e cuidar todos os movimentos daquelas criaturas podres. Por mais torto, por mais cruel e sujo que esteja este mundo, não é possível que algo não possa ser feito. Eu tenho que me acalmar. Estou tonta de ódio, de nojo.

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