quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Tia Querida

Ela estava sentada na beira da cama, vestia uma camisola clara, delicada, os seus longos cabelos estavam soltos. Eu achei estranha aquela cena e bonita. Ela estava tão bonita. Na nossa casa não tinha cama de casal, minha mãe não usava camisola delicada e seus cabelos eu nunca via soltos.
Eu nunca lhe dei um abraco, nunca toquei o seu rosto com carinho. Eu gostava tanto dela, eu gosto dela, eu sempre gostarei. Eu sinto falta desse abraco que não existe, que nunca existirá.
Eu daria uma flor a ela quando chegasse o dia, mas ela foi embora, para sempre. Me entristece a sua partida. Me entristece nunca ter lhe dado um abraco.

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