sexta-feira, 31 de julho de 2015

Autopiedade

E eu aqui, quase uma hora da manhã, recostada neste sofá duro, com pena de mim. Autopiedade
Reclamações, culpas, ressentimentos, frustrações, tristezas e medos são sempre motivados pela pena de si, são sempre histórias tristes onde o personagem central e sofredor é quem as conta – infelizmente, sem “dar-se conta” de que tudo não passa de projeções de suas fantasias. São frases e enredos que reforçam a todo o momento o seu papel de pobre vítima do mundo. Observe as pessoas ao seu redor com esse padrão, vai perceber que estão sempre em dificuldades: pode ser a saúde, o peso, relacionamentos, a profissão. Não sobra energia pra mais nada quando gastamos nosso tempo nos protegendo… 
Auto piedade ilude nossos olhos nos impedindo de ver com clareza, estanca nossas possibilidades e tira nosso poder pessoal porque nos dá a sensação de que somos sempre vítimas das circunstâncias – quando na realidade somos os criadores de nosso mundo. Parece que tudo conspira contra você porque nada dá certo! Então o jeito é sentar e chorar – e aguardar por um eterno amanhã e, quem sabe um dia, tudo melhore magicamente. Mas não espere que isso vá acontecer – não pelo menos até que você faça a sua parte. “A Deus rogando e com o malho dando” – é o que diz o adágio… http://www.eftbrasil.net.br/
Fui ver no Google como se escreve autopiedade e achei este texto, eu me vi nestes fragmentos. Eu, a pobre vítima do mundo, do destino, de Deus, eu vítima, vítima, vítima...
Eu vítima da natureza, parida pobre, feia e burra. Eu vítima de uma infância triste, uma adolescência terrível, uma maturidade miserável. Eu, prisioneira da pobreza, da ignorância, vítima, vítima...
Já ocupei muito do meu tempo nos caminhos tumultuosos da lamentação e ressentimento, escrutinei tudo o que não alcancei, as borradas que fiz, o que deixei fugir, o que não aproveitei. Hipotequei muito dos meus recursos mentais a comparar-me pela negativa com os outros, a punir-me pelo olhar crítico de quem nada tem a ver com a minha vida.Felizmente, aproveitei as minhas experiências dolorosas para perceber que a magnitude da vida vive em mim, na minha consciência, nos meus valores, vontade e fé.Mudei o meu foco para as minhas intenções, desafios, objetivos, sonhos e ambições. Passei a dedicar o meu tempo no empurrar-me para a frente, no olhar a forma como solucionar os meus problemas, e promover as ações que me conduzam à satisfação e realização de vida. Porque tudo se torna mais fácil e mais encantador quando acredito na minha capacidade para realizar os meus sonhos e, principalmente desenvolver-me a mim mesmo.- Miguel Lucas
Uma cama fofa, lençóis cheirosos

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